(baseado no livro Escritos sobre o Hesicasmo de Jean-Yves Lelup)
Meditar é uma postura. Meditar é atitude. Meditar é perseverar. Meditar é estar no Senhor. Com isso notamos que a meditação tem certa tonalidade terapêutica, pois em nossos tempos a grande maioria sequer tem noção de si como ser.
Meditar como a montanha, o girassol, o oceano e o pássaro é perceber os níveis do macrocosmo. Os seres brutos: pedra, terra, rocha da montanha. Os vegetais no girassol. A água no oceano com tudo o que ele contém. Os pássaros como seres vivos. Mas não é tudo. O homem é o ser vivo criado à imagem e semelhança de Deus. E com ele fez uma aliança. Por isso medite como Abraão.
Meditar como Abraão é interceder pela humanidade, sem esquecer que ela é falha e pecadora e, no entanto não desesperar da misericórdia de Deus. Em Heb 4, 16 nos diz: “Aproximemos então, seguros e confiantes, do trono da graça para conseguirmos misericórdia.” Vendo no grego este seguro e confiantes está meta parresia que é com uma confiança que supera o meramente humano.
Essa meditação nos liberta de todo julgamento de si e dos outros, da autocondenação e da condenação dos outros. Mesmo diante de atos mais tristes. Liberta o “eu” de tudo aquilo que o prende a conceitos que por mais que parecem ótimos ma no fundo nos impede de vivenciar a liberdade de filhos de Deus.
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